domingo, 16 de junho de 2013

Ideias Subversivas: “Amanhã tenho Exame”

Carta aberta:

“Amanhã, dia 17 de Junho de 2013, tenho exame nacional. Ambiciono entrar na faculdade e tirar um curso superior, e a média é fundamental para o acesso, contando 50% da nota de entrada. Hoje, véspera do exame, ainda não sei se o vou poder realizar. Os exames nacionais estão marcados há meses e nas últimas semanas foi marcada uma greve dos professores, a qual já me prejudicou ao ponto de não saber ainda a nota de duas disciplinas às quais vou fazer exame nacional.

Os professores têm direito a fazer greve? Sim. Têm razões para isso? Sem dúvida. Têm o direito de destruir um ano de trabalho dos estudantes, que culmina agora nos exames nacionais de 12º ano? Não.

Eu nunca trabalhei, nunca pude contribuir para este país e mesmo antes de o poder fazer sou prejudicado por quem mais diz que se preocupa com os meus “direitos e bem estar”. Não se trata do direito à greve, mas sim de egoísmo e falta de bom senso. Não é um dia em que os transportes públicos fazem greve e as pessoas chegam mais tarde. É todo um ano de trabalho que agora termina e que pode não vir a colocar todos os alunos no mesmo nível.

E neste momento, no qual precisava do maior apoio dos meus professores, são eles que me abandonam e recusam pensar noutras formas de luta que não prejudiquem os estudantes, isentos de qualquer responsabilidade no estado actual do país.

Amanhã não sei como será.

Estudante

Dinis Lopes

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Brincar às Democracias...

O que há de mais estratégico para a soberania económica de um país? Água, Energias, Transportes, Banca e Comunicações, de certo responderia qualquer cidadão minimamente esclarecido.
Educação, Saúde e Justiça serão pilares mais importantes, mas não para a nossa soberania. A Defesa é naturalmente o primeiro pilar da soberania em geral, não particularmente da soberania económica.

Ora a REN e a EDP já foram totalmente privatizadas, a ANA foi concessionada por 50 anos, enquanto o Grupo TAP, os CTT, as Águas de Portugal e a CP Carga estão na calha.
Alguém perguntou a nossa opinião!? Não. Porquê!? É tão fácil fazer referendos sobre a Regionalização e sobre a IVG (interrupção voluntária da gravidez)...

E o burro sou eu!?
Que me interessa a mim se a IVG é permitida ou não? Quem quis, sempre a fez. Porque temos que ser uns a decidir assuntos da vida dos outros!? Já as empresas detidas/participadas pelo Estado que são minhas como são dos portugueses todos, ninguém nos pergunta o que achamos!? Que Democracia é esta? Estava no Programa de Governo, dirão alguns. O facto de um Governo ser eleito democraticamente, não significa que tem carta branca para fazer tudo, especialmente tomar decisões críticas e provavelmente irreversíveis como estas... Já para não falar no facto de se estarem a privatizar empresas que funcionam maioritariamente como monopólios e dão sempre lucro. Isto não são «gorduras do Estado», são as veias, as artérias, o coração e os pulmões.

Num país sem peso político e pouquíssimo económico, para que servirá o Estado se não controla estes setores-chave?

Não tenho soluções fáceis como as da Esquerda demagógica e populista, mas custa-me conceber que enterrámos mais dinheiro nas intrujices do BPN - que a SIC sabe onde está mas a justiça nacional não - do que vamos ganhar com a concessão por 50 anos dos aeroportos nacionais. 

Vamos acreditar que os contratos foram bem negociados - não como as ruinosas PPP - e que defendem o superior interesse nacional. Sem moeda própria (para imprimir) nem financiamento (acessível) não se antevê que qualquer destes setores volte às mãos do Estado no médio/longo prazo - a não ser que chegue a revolução e voltemos à estaca zero!

Chegará o dia em que nos informam que a nossa capital não é (mesmo) Lisboa e que já não somos portugueses. Chegará o dia em que nada será nosso. Dir-nos-ão que somos Europeus. Eu não sou Europeu (de nacionalidade).
Eu sou Português, assim nasci e morrerei e todos os dias da minha vida prometo lutar por um Portugal forte, unido, democrático, socialmente justo e economicamente próspero.

Viva Portugal!

domingo, 2 de junho de 2013

Ajudar Portugal

Eu gostava de ajudar Portugal, emprestando o meu dinheiro, as minhas pequenas poupanças, ao estado português. Como eu existem muitos portugueses que pensam de forma igual. Contudo, é impossível.

Os bancos impedem que tal aconteça e tal pode ser confirmado por este pequeno excerto da entrevista que José Gomes Ferreira fez a João Rato da IGCP* no passado dia 01-05-2013. Grande parte dos portugueses não se importariam de emprestar dinheiro a Portugal, que nem me refiro à atractiva taxa de cerca de 5%, mas para ajudar o nosso próprio país.

* Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E., é a entidade pública a quem compete gerir, de forma integrada, a tesouraria, o financiamento e a dívida pública direta do Estado, a dívida das entidades do setor público empresarial cujo financiamento seja assegurado através do Orçamento de Estado e ainda coordenar o financiamento dos fundos e serviços dotados de autonomia administrativa e financeira.

Dinis Lopes