domingo, 14 de dezembro de 2014

Gafes à Costa

Esta é uma breve chamada de atenção ao dr. António Costa, Presidente da CML, Líder do PS e candidato a PM de Portugal. Durante a sua intervenção de ontem, em meras 2 ou 3 frases a defender a não privatização da TAP, conseguiu cometer dois erros:

  • primeiro veio citar o Memorando de Entendimento com a Troika para desmentir o PM e conseguiu dizer que o encaixe financeiro previsto com as privatizações era de 5.5 milhões de euros, quando de facto era de 5.5 mil milhões (três ordens de grandeza de erro);
  • depois disse que a TAP tinha hoje a importância que as Caravelas tinham durante os Descobrimentos no século XIV, o que é errado pois a expansão em África só começou em 1415 (século XV) e os descobrimentos na verdadeira aceção do termo com as descobertas da Madeira, em 1418, e dos Açores, em 1427, o que também ocorreu já no século XV e não no século XIV.
A falta de rigor só prejudica a eficácia do seu discurso dr. António Costa! Vamos lá elevar a qualidade do debate político e pensar bem o que dizemos.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Black Friday na TAP - O direito à indignação

A TAP - até ver - é 100% pública e, por essa razão, a sua ação deve pautar-se pelos mais elevados padrões de serviço público, pois os seus acionistas são todos os portugueses.
Neste contexto, é com manifesta incompreensão que venho chamar a atenção para uma recente manobra de marketing da TAP (Transportes Aéreos Portugueses).

A Black Friday da TAP teve lugar no dia 28 de novembro, e dirigia-se aos clientes brasileiros da companhia, prometendo bilhetes acessíveis e a crédito em 5 prestações para reservas em datas especificadas a partir de um dos 12 aeroportos brasileiros servidos pela companhia portuguesa.

Os preços a partir de:

  • 149.80 dólares norte-americanos para: Madrid, Milão, Frankfurt, Munique, Paris e Londres;
  • 159.80 dólares norte-americanos para: Lisboa, Porto, Hamburgo, Düsseldorf, Berlim, etc.
Ora, como português é-me totalmente incompreensível a razão de se cobrar mais a um brasileiro por viajar até ao Porto ou Lisboa do que por este viajar até Frankfurt ou Paris, sendo que terá necessariamente de passar por uma destas duas cidades portuguesas.

A campanha não tem racionalidade económica, e mesmo assumindo que se encontra assente numa estratégia de marketing racional, não compreendo que a companhia aérea de bandeira portuguesa prejudique de forma premeditada quem quer visitar o seu país, por comparação com outros destinos. Numa palavra: «uma vergonha!».