O verbo matar tem dois particípios passados. Um regular - matado - e outro irregular - morto.
O regular é utilizado com os auxiliares ter e haver, e.g.:
Pensei que tinha matado o animal.
O irregular é utilizado com os auxiliares ser e estar, e.g.:
O animal foi morto.
O mesmo se passa com várias outros verbos, e.g.:
Foi ótimo ter vagado um lugar. & Ainda bem que o lugar estava vago.
Tê-lo imprimido foi o melhor que fizemos & O documento foi impresso.
Depois de terem elegido o partido A, tudo ficou melhor. & O partido A foi eleito por maioria.
Haviam ganhado todos os troféus da época. & Todos os troféus da época foram ganhos por eles.
Mais exemplos: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/verbos-com-participio-passado-duplo-ii/12951
terça-feira, 29 de setembro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Atenção ao Português - «Ovelha ranhosa?»
Começaremos com a tão conhecida expressão «ovelha ranhosa». Deve dizer-se «ovelha ronhosa» e não «ovelha ranhosa», como muitas
vezes de ouve. Ronhosa vem de ronha que é uma doença parecida com sarna que
ataca algumas ovelhas. A expressão «ranhosa» é utilizada por confusão com a palavra «ranho».
sábado, 19 de setembro de 2015
Sim, vou votar na Coligação PSD/CDS
Não faz o meu género, mas, dadas as circunstâncias, vou, pela primeira vez, assumir uma preferência política concreta, justificando-a nas suas linhas gerais.
Na maior parte dos assuntos não sou de direita - especialmente quando toca a privatizar tudo aquilo que mexe - mas seguramente não sou de extrema-esquerda - confesso uma intolerância quase patológica relativamente a sindicatos irresponsáveis e inconsequentes. Olhando para o espectro partidário nacional, o PS parece ser, à primeira vista, aquele de que sou ideologicamente mais próximo. Contudo, é o partido do qual me sinto mais distante. Porquê? Numa palavra: confiança! Falta dela, mais exatamente.
É evidente e inegável que este governo cometeu muitos erros, mais que discutidos e reconhecidos - os casos Relvas, a demissão irrevogável de Portas e a má orgânica do governo - todos corrigidos a tempo de males maiores - a submissa política externa, a péssima comunicação, entre muitos outros, porventura não menos graves. Mas tendo cometido erros, há razões que me fazem ter a fortíssima convicção de que votar na coligação PSD/CDS é a melhor forma de proteger o futuro de Portugal no seu médio-longo prazo. Principais razões:
Os mais críticos focam-se sobretudo na austeridade. Se austeridade significa gastarmos aquilo que temos, contam comigo. Não é por aí que o país não cresce. Reduzir o défice é reduzir a dívida, reduzir a dívida é reduzir os juros, reduzir os juros é aumentar a nossa margem para investir em Saúde, Educação e Segurança Social. O contrário é demagogia ou saída do euro (opção inteiramente respeitável).
Quanto ao PS, assinou o pacto orçamental da União Europeia, ao mesmo tempo que prometeu tudo e mais alguma coisa em termos de aumento de despesa e diminuição de receita. Se o cumprisse seria o desastre e seríamos a nova Grécia - com a agravante de termos um endividamento privado muito superior aos nossos congéneres gregos. Se não o cumprisse, seria um governo completamente descredibilizado.
Levaram-nos ao resgate, negociaram o memorando com a troika, para poucos meses depois rasgarem o acordo. Mais recentemente, assinaram o acordo de descida do IRC para dar estabilidade fiscal e previsibilidade às empresas junto com os partidos da maioria para meses depois o rasgarem.
Em suma, não há adesão à realidade nem previsibilidade. Chega de demagogia, chega de propostas vãs, chega de "Zorrinhos", de "Galambas" e "Ferros". Só há uma forma de impedir que a corja do "Sócrates" regresse.
Está nas nossas mãos contribuir para uma revolução interna no PS que necessariamente se seguirá a uma derrota nestas legislativas, de tal modo que em 2019 corporize uma alternativa credível.
Na maior parte dos assuntos não sou de direita - especialmente quando toca a privatizar tudo aquilo que mexe - mas seguramente não sou de extrema-esquerda - confesso uma intolerância quase patológica relativamente a sindicatos irresponsáveis e inconsequentes. Olhando para o espectro partidário nacional, o PS parece ser, à primeira vista, aquele de que sou ideologicamente mais próximo. Contudo, é o partido do qual me sinto mais distante. Porquê? Numa palavra: confiança! Falta dela, mais exatamente.
É evidente e inegável que este governo cometeu muitos erros, mais que discutidos e reconhecidos - os casos Relvas, a demissão irrevogável de Portas e a má orgânica do governo - todos corrigidos a tempo de males maiores - a submissa política externa, a péssima comunicação, entre muitos outros, porventura não menos graves. Mas tendo cometido erros, há razões que me fazem ter a fortíssima convicção de que votar na coligação PSD/CDS é a melhor forma de proteger o futuro de Portugal no seu médio-longo prazo. Principais razões:
- Primeiro governo de coligação a chegar ao fim de uma legislatura em Portugal, o que revela responsabilidade e espírito de compromisso;
- Uma balança externa positiva, algo que não acontecia há 70 anos no nosso país. Este indicador é o principal e revela que nos tornámos um país sustentável a longo prazo;
- Exportações a +40% PIB num período de estagnação dos nossos principais mercados externos. Com as economias a crescer e financiamento barato, tínhamos -30% PIB em exportações com o PS;
- O fim das PPP (pelo menos não assinaram mais) e renegociaram algumas. Foi pouco poderão dizer, mas fizeram e os outros falaram;
- O fim dos grandes investimentos públicos, sobretudo em estradas;
- A economia estar a crescer, o investimento a aumentar, o emprego a crescer e o desemprego a retrair de forma constante há 2 anos - dados objetivos e indesmentíveis;
- O Primeiro-ministro ter uma atitude sóbria e ponderada e ser verdadeiro na sua relação com os portugueses - a antítese do seu antecessor.
Os mais críticos focam-se sobretudo na austeridade. Se austeridade significa gastarmos aquilo que temos, contam comigo. Não é por aí que o país não cresce. Reduzir o défice é reduzir a dívida, reduzir a dívida é reduzir os juros, reduzir os juros é aumentar a nossa margem para investir em Saúde, Educação e Segurança Social. O contrário é demagogia ou saída do euro (opção inteiramente respeitável).
Quanto ao PS, assinou o pacto orçamental da União Europeia, ao mesmo tempo que prometeu tudo e mais alguma coisa em termos de aumento de despesa e diminuição de receita. Se o cumprisse seria o desastre e seríamos a nova Grécia - com a agravante de termos um endividamento privado muito superior aos nossos congéneres gregos. Se não o cumprisse, seria um governo completamente descredibilizado.
Levaram-nos ao resgate, negociaram o memorando com a troika, para poucos meses depois rasgarem o acordo. Mais recentemente, assinaram o acordo de descida do IRC para dar estabilidade fiscal e previsibilidade às empresas junto com os partidos da maioria para meses depois o rasgarem.
Em suma, não há adesão à realidade nem previsibilidade. Chega de demagogia, chega de propostas vãs, chega de "Zorrinhos", de "Galambas" e "Ferros". Só há uma forma de impedir que a corja do "Sócrates" regresse.
Está nas nossas mãos contribuir para uma revolução interna no PS que necessariamente se seguirá a uma derrota nestas legislativas, de tal modo que em 2019 corporize uma alternativa credível.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
«Não se discute Deus e a sua virtude, não se discute a Pátria e a Nação...»
No passado dia 9 de setembro, o país parou para assistir ao debate do ano entre os chamados candidatos a primeiro-ministro Pedro Passos Coelho (Coligação PSD/CDS) e António Costa (PS). Ao contrário do que se diz, os portugueses ainda querem saber de política.
Tenho contudo de manifestar a minha profunda tristeza pela pobreza do debate que foi transmitido em direto pelos três canais abertos. 50% foi a falar do passado, 25% foi a fazer acusações e os restantes 25% foi a fazer propostas vagas, difusas e redondas. É pouco, muito pouco. Os portugueses merecem mais, muito mais.
Como é possível...
É hora de nos levantarmos e de acreditarmos, de nos juntarmos aos partidos e contribuirmos para que estes mudem por dentro ou de criar partidos novos - não necessariamente nos extremos - que permitam colocar estas questões na ordem do dia e aproximem os eleitos do povo.
Finalmente, permitam-me interpelar os leitores - votem, votem bem, votem mal, branco ou nulo - mas não deixem de votar e de acreditar.
Tenho contudo de manifestar a minha profunda tristeza pela pobreza do debate que foi transmitido em direto pelos três canais abertos. 50% foi a falar do passado, 25% foi a fazer acusações e os restantes 25% foi a fazer propostas vagas, difusas e redondas. É pouco, muito pouco. Os portugueses merecem mais, muito mais.
Como é possível...
- não haver uma única palavra sobre política externa, nomeadamente sobre as ideias dos candidatos sobre a União Europeia, as regras comunitárias, a integração europeia, a cedência de soberania, a moeda única? Estes partidos não apenas não se interrogam sobre os ditames de Bruxelas como vendem a nossa soberania sem mandato para tal. Como é possível as questões europeias, que, como se viu nos últimos anos influenciam muito a vida dos portugueses, pura e simplesmente serem ignoradas? A censura já acabou.
- não se discutir o combate à corrupção? É verdade que nunca foi uma prioridade sequer dos discursos destes partidos, mas não é pela Justiça ser independente do poder Legislativo e Executivo que esta questão deve ser ignorada. Sabemos que há imenso trabalho a fazer e gostaria de saber o que o futuro primeiro-ministro pensa fazer sobre o assunto.
- não se discutir o combate à evasão fiscal? É correto reconhecer que muito se progrediu nesta legislatura neste domínio, mas o trabalho deve continuar, e importava saber se há alguma ideia sobre o assunto.
- não se discutir uma efetiva revisão da lei eleitoral? É tempo de discutir este assunto e de contribuirmos para uma renovação da forma de fazer política. Todos os políticos que ouvi serem questionados sobre o assunto se mostraram a favor de os portugueses poderem votar em pessoas e não em cabeças de lista de forma a favorecer uma efetiva representação dos interesses populares e contribuir para uma real meritocracia. Contudo, ninguém tem a coragem de dar o primeiro passo, nem os pequenos partidos alvitram tal hipótese.
É hora de nos levantarmos e de acreditarmos, de nos juntarmos aos partidos e contribuirmos para que estes mudem por dentro ou de criar partidos novos - não necessariamente nos extremos - que permitam colocar estas questões na ordem do dia e aproximem os eleitos do povo.
Finalmente, permitam-me interpelar os leitores - votem, votem bem, votem mal, branco ou nulo - mas não deixem de votar e de acreditar.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
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