terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Geringonça Total - 1º Episódio

Ao prof. Cavaco Silva:
Já ninguém o consegue ouvir, sr. Presidente, nem os seus apoiantes/votantes, aos quais tenho a honra de não pertencer. Tenha a bondade de se remeter ao silêncio até dia 9 de março e fará um favor a Portugal.

Parabéns aos Deputados:
É bonito ter como 2ª figura do Estado, um sr. que um dia disse «estou-me cagando para o segredo de justiça». Parabéns a todos os deputados que nele votaram!

Novo governo deu à Costa:
Nas eleições, os vencedores (PSD+CDS) perderam votos e o grande perdedor (PS) ganhou votos. Depois de mais de um mês e meio de indefinição política, quem perde o governo, ganha, e quem ganha o governo, perde.

Sejamos sinceros, depois da estrondosa derrota de António Costa e do PS no dia 4 de outubro, qualquer alternativa à demissão da liderança socialista parecia notoriamente inverosímil.

A solução encontrada foi a única que António Costa vislumbrou para adiar o seu fim político. Do seu ponto de vista, e, porventura, de todo o seu núcleo duro, poderá até fazer sentido. No entanto, do meu ponto de vista, nada poderia ser pior para o PS. Nem falo do interesse do país, esse conceito difuso alheio à ação das "nossas" lideranças!

Suportando parlamentarmente o governo da coligação PSD+CDS, o PS poderia balancear de forma virtuosa e popular o programa destes dois partidos, enquanto estes continuariam a arcar com as consequências das medidas mais impopulares, além de que controlaria o momento exato para fazer cair o governo, aí sim, com certezas de uma vitória, porventura com maioria absoluta parlamentar.

Ao invés, com a solução encontrada, o PS fica com o ónus de ter derrubado a lista eleitoral da coligação, a mais votada no dia 4 de Outubro, agravando a imagem de traidor que Costa começou a criar quando derrubou Seguro. Além disso, o PS irá para o governo sozinho, e arcará com as responsabilidades a que PCP+Verdes e BE fugiram, eximindo-se assim ao desgaste governativo - note-se que as expectativas depositadas neste governo são elevadíssimas: salários e pensões serão repostos e aumentados, a economia acelerará, os impostos descerão, tal como o défice e a dívida! Acresce que o governo estará absolutamente à mercê de PCP e BE, e que, se a situação do país piorar significativamente, o PS não deverá voltar ao governo por largos anos e a coligação obterá uma maioria parlamentar absoluta, a qual poderá não merecer.

Não sou dos que acham que este governo é ilegítimo, mas considero que é seguramente uma solução de recurso. Não apoio os partidos que o suportam, mas desejo o maior sucesso ao XXI Governo Constitucional, a bem de Portugal e dos portugueses. Desmintam o meu cepticismo e ficarei muito feliz com isso. Se não for o caso, então que o PS estoure nas próximas eleições, como aconteceu em diversos partidos homólogos nos nossos congéneres europeus.


Portugal, agora e sempre

Defenestrem-se os Vasconcelos que por aí andam!
Viva Portugal livre e independente!

Saudações,