quarta-feira, 12 de junho de 2013

Brincar às Democracias...

O que há de mais estratégico para a soberania económica de um país? Água, Energias, Transportes, Banca e Comunicações, de certo responderia qualquer cidadão minimamente esclarecido.
Educação, Saúde e Justiça serão pilares mais importantes, mas não para a nossa soberania. A Defesa é naturalmente o primeiro pilar da soberania em geral, não particularmente da soberania económica.

Ora a REN e a EDP já foram totalmente privatizadas, a ANA foi concessionada por 50 anos, enquanto o Grupo TAP, os CTT, as Águas de Portugal e a CP Carga estão na calha.
Alguém perguntou a nossa opinião!? Não. Porquê!? É tão fácil fazer referendos sobre a Regionalização e sobre a IVG (interrupção voluntária da gravidez)...

E o burro sou eu!?
Que me interessa a mim se a IVG é permitida ou não? Quem quis, sempre a fez. Porque temos que ser uns a decidir assuntos da vida dos outros!? Já as empresas detidas/participadas pelo Estado que são minhas como são dos portugueses todos, ninguém nos pergunta o que achamos!? Que Democracia é esta? Estava no Programa de Governo, dirão alguns. O facto de um Governo ser eleito democraticamente, não significa que tem carta branca para fazer tudo, especialmente tomar decisões críticas e provavelmente irreversíveis como estas... Já para não falar no facto de se estarem a privatizar empresas que funcionam maioritariamente como monopólios e dão sempre lucro. Isto não são «gorduras do Estado», são as veias, as artérias, o coração e os pulmões.

Num país sem peso político e pouquíssimo económico, para que servirá o Estado se não controla estes setores-chave?

Não tenho soluções fáceis como as da Esquerda demagógica e populista, mas custa-me conceber que enterrámos mais dinheiro nas intrujices do BPN - que a SIC sabe onde está mas a justiça nacional não - do que vamos ganhar com a concessão por 50 anos dos aeroportos nacionais. 

Vamos acreditar que os contratos foram bem negociados - não como as ruinosas PPP - e que defendem o superior interesse nacional. Sem moeda própria (para imprimir) nem financiamento (acessível) não se antevê que qualquer destes setores volte às mãos do Estado no médio/longo prazo - a não ser que chegue a revolução e voltemos à estaca zero!

Chegará o dia em que nos informam que a nossa capital não é (mesmo) Lisboa e que já não somos portugueses. Chegará o dia em que nada será nosso. Dir-nos-ão que somos Europeus. Eu não sou Europeu (de nacionalidade).
Eu sou Português, assim nasci e morrerei e todos os dias da minha vida prometo lutar por um Portugal forte, unido, democrático, socialmente justo e economicamente próspero.

Viva Portugal!

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