Carta aberta:
“Amanhã, dia 17 de Junho de 2013, tenho exame nacional. Ambiciono entrar na faculdade e tirar um curso superior, e a média é fundamental para o acesso, contando 50% da nota de entrada. Hoje, véspera do exame, ainda não sei se o vou poder realizar. Os exames nacionais estão marcados há meses e nas últimas semanas foi marcada uma greve dos professores, a qual já me prejudicou ao ponto de não saber ainda a nota de duas disciplinas às quais vou fazer exame nacional.
Os professores têm direito a fazer greve? Sim. Têm razões para isso? Sem dúvida. Têm o direito de destruir um ano de trabalho dos estudantes, que culmina agora nos exames nacionais de 12º ano? Não.
Eu nunca trabalhei, nunca pude contribuir para este país e mesmo antes de o poder fazer sou prejudicado por quem mais diz que se preocupa com os meus “direitos e bem estar”. Não se trata do direito à greve, mas sim de egoísmo e falta de bom senso. Não é um dia em que os transportes públicos fazem greve e as pessoas chegam mais tarde. É todo um ano de trabalho que agora termina e que pode não vir a colocar todos os alunos no mesmo nível.
E neste momento, no qual precisava do maior apoio dos meus professores, são eles que me abandonam e recusam pensar noutras formas de luta que não prejudiquem os estudantes, isentos de qualquer responsabilidade no estado actual do país.
Amanhã não sei como será.
Estudante”
Dinis Lopes
Um aplauso para todos quantos tendo razões para protestar foram trabalhar, respeitando os alunos e a sua missão de serviço público de educação. É assim que se defende o Ensino PÚBLICO.
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