quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Ideias Subversivas: Velhos do Restelo

A maneira de fazer política está velha. Todos o dizem mas todos o praticam. Chegámos ao século XXI e muito provavelmente os meios de comunicação mudaram muito mais na última década do que nos 40 anos anteriores. Contudo, quando vemos os políticos a fazer política lembramo-nos da velha expressão: “Parecem os velhos do Restelo”. Ora,
  • Colocam cartazes com frases de três palavras que tentam convencer uma população de que têm a melhor estratégia para a sua aldeia. 
  • Tiram uma fotografia com uma superstar-política para parecerem mais importantes e que têm influências suficientes para levar as suas pretenções o mais avante.
  • Correm as ruas da sua aldeia em carros com megafones a emitir sons impercetíveis num claro desrespeito pela lei do ruido.
  • Entregam panfletos nos quais não apresentam propostas fundamentadas e estratégias, mas sim os desejos de qualquer cidadão com dois dedos de testa.
  • As supostas propostas são iguais para todos os partidos e os quais se resumem a: proteger os idosos (porque são a maioria da população neste momento), tapar os buracos da estrada, pintar as passadeiras entre outras ideias (talvez esteja a ser simpático utilizar a palavra “ideia”) que nem sequer deviam ser sugeridas porque fazem parte de qualquer autarca em funções.
Chegamos então ao ponto em que vivemos no século XXI em que os portugueses estão cansados dos partidos políticos e por mera culpa destes. Estão velhos, estragados, sem ideias. Continuam a prometer o que sabem que nunca vão cumprir. Continuam a pensar que os cidadãos vivem no mesmo séculos que eles. Estão errados.

Talvez uma nova maneira de fazer política esteja a chegar. Tem de chegar. Rui Moreira ganhou no Porto. Será diferente? Será desta a mudança? Logo se verá. Talvez ainda venha outra. Senão os votos nulos, brancos e abstenção vão continuar a bater recordes como aconteceu este ano.
 
Dinis Lopes
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário