segunda-feira, 7 de abril de 2014

O Regresso do Investimento!?

Se em 2013 o número de empresas criadas em Portugal foi cerca do dobro daquelas que fecharam portas, um resultado importante no início da diminuição do desemprego, em 2014 estão em marcha investimentos de grande valor para a economia nacional e para a capacidade exportadora do país, quer a nível industrial, quer a nível dos serviços (nomeadamente do turismo).

Siemens:

A multinacional alemã inaugurou nesta semana um Centro de Competências em Alfragide que se traduzirá na criação de 150 postos de trabalho altamente qualificados na área das tecnologias de informação e até ao final de 2014, esperando, numa segunda fase, chegar a um total de 300 trabalhadores.
De acordo com Carlos Melo Ribeiro, administrador delegado da Siemens no nosso país: "Portugal está a criar um cluster altamente competitivo ao nível dos serviços de valor acrescentado, estando neste momento claramente bem posicionado no radar dos investidores".

AutoEuropa:

A fábrica da Volkswagen de Palmela planeia investir 690 milhões de euros e criar mais 500 postos de trabalho até 2019 com o objetivo de produzir um novo modelo da marca alemã em Portugal, num projeto que espera duplicar a capacidade exportadora da fábrica nacional.
Mais do que o investimento em si e os novos postos de trabalho, esta decisão ilustra o compromisso da VW com o investimento que fez em Portugal durante os anos 90 e traduzir-se-á num crescimento de todo o setor automóvel no país, já que uma porção significativa dos seus fornecedores são empresas nacionais. Nos anos anteriores por cada novo posto de trabalho da Autoeuropa criaram-se três pelos seus fornecedores.

Aviação Comercial (TAP, Ryanair, etc):

A TAP Portugal anunciou a abertura de 11 novos destinos ainda em 2014 e o aumento de frequências em rotas já operadas, um crescimento da sua frota em 6 aeronaves e a contratação de um total de 500 trabalhadores. A abertura da base operacional da Ryanair no aeroporto de Lisboa neste mês e respetiva expectativa de crescimento, na medida em que está em negociação com a ANA para o aumento da sua presença no aeroporto da capital, antevê a criação de centenas de postos de trabalho. Outras companhias já anunciaram novas rotas para os principais aeroportos nacionais como a Air Canada (Toronto), Air Algeria (Argel), Swiss (Genebra), US Airways (Charlotte) entre outras, para Lisboa, a British Airways (Londres-Heathrow) e a Vueling (Barcelona e Bruxelas) para o Porto e a British Airways (Londres-Heathrow) para Faro entre várias outras rotas charter e sazonais previstas. Destaque-se a Windavia (do grupo Omni) que tem previstos vários voos a partir da Madeira (Funchal e Porto Santo), Lisboa e Beja para vários destinos internacionais.
Para além das centenas de postos de trabalho criados pela TAP e Ryanair, o fluxo de passageiros gerado por este significativo aumento de capacidade permitirá que o setor do turismo continue a crescer.

Infraestruturas:

O ministro da economia divulgou na semana passada as linhas gerais do Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas que será publicado nesta semana. Um total de 59 investimentos considerados prioritários até 2020 terá como grandes prioridades a ferrovia e os portos em prejuízo das rodovias e dos aeroportos. O governo espera que apenas 1.4 a 1.7 mil milhões de euros sejam financiados pelo Estado num total de 6 mil milhões de euros, maioritariamente conseguidos por investimento privado e fundos comunitários.

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