- “Como é possível as empresas portuguesas competirem com, por exemplo, as empresas alemãs se as portuguesas se financiam a 8-9% e as alemãs se financiam a 2-3%?” Estando nós numa “união” europeia em que os nossos supostos “parceiros” nos estão a ajudar, como é possível que a ajuda ao motor do nosso país seja precisamente dificultar o investimento e financiamento? Não será difícil concluir que “união” é algo ilusório neste contexto. Numa união teríamos um verdadeiro apoio, no qual o mínimo que se podia pedir eram condições semelhantes aos dos nossos colegas europeus.
- “Sendo que a taxa de natalidade no ano de 2011 foi 1,36 (o necessário para renovação geracional é de 2,10), uma das piores do mundo, como vai ser assegurada a sustentabilidade de Portugal nas próximas décadas?” Das poucas reformas que conseguiram singrar nos últimos tempos, a reforma anti-natalidade, ocorrida nos últimos anos, foi uma delas. A dificuldade em conciliar a maternidade/paternidade e emprego acentuou-se com uma redução no pagamento do subsídio de maternidade e na sua duração. Como alguns dos meus colegas afirmam de momento: “neste momento ser pai/mãe é como uma aventura”.
- “Pegando no exemplo da Itália, que é o mais recente e talvez não venha a ser o último, será que o descrédito na classe política atingiu um valor tal que, qualquer um, quer seja comediante ou pedófilo, consegue chegar à frente de um país?” A classe política está desacreditada. Não há volta a dar. Numa escala de 1 a 4, a satisfação dos portugueses com a democracia é de 2. O descrédito nesta classe acusa o mal-estar da população contra os seus representantes
Dinis Lopes
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