domingo, 17 de março de 2013

Pontualidade


O laxismo que vigora em Portugal relativamente à problemática da pontualidade urge ser alterado. Ser pontual é uma questão de seriedade e de amor próprio e ao próximo.


O problema nasce logo da atitude que os portugueses - no geral - têm perante o assunto. O normal é ser pontual e ninguém deve ser elogiado por isso. Da mesma forma, quando alguém se atrasa (situação anormal) deve ser severamente repreendido. E isto tem que acontecer em todo o lado: nas escolas, universidades, politécnicos, empresas (públicas e privadas), em toda a estrutura do Estado e, desde logo, em casa. Temos de começar a incutir uns nos outros uma atitude de cumprimento e não de incumprimento.

A desculpa de "São só 3/5 minutos" é do mais enganador que pode haver, senão vejamos três exemplos:
  • Uma reunião com 8 pessoas. Se uma pessoa se atrasa 5 minutos, as 8 pessoas perderão um total de 40 minutos, para não falar na possibilidade de um atraso poder causar novo atraso;
  • Um comboio que atrasa uns inofensivos 3 minutos em hora de ponta no seu percurso entre o centro de Lisboa e Sintra. Não raras vezes seguem mais 1000 pessoas num só comboio. Isso resulta em 3000 minutos=50h=2dias+2h. Isto para não falar nos atrasos de pessoas que aguardam pelos passageiros nas estações de comboio e nos passageiros que perdem o transporte seguinte devido ao atraso;
  • Alguém estaciona mal a sua viatura em 2ª fila e só aparece passados uns 5 minutos do condutor estar a buzinar. Pode ser a diferença entre a vida e a morte de alguém que precise de ir a um hospital.
Contabilizem-se as horas que cada português perde à espera de alguém que esteja atrasado. Essas horas podiam ser utilizadas para várias atividades muito mais úteis à sociedade, e.g. dormir, lazer, tratar dos filhos/pais e/ou trabalhar.

Oiço estrangeiros no nosso país a questionarem-se porque chegamos sempre (ou quase) tão atrasados. Nesse momento, sinto uma imensa vergonha - ainda que me orgulhe de ser dos poucos que fazem questão de cumprir (e o burro sou eu!?) - porque não sei o que responder. Penso horas sem fim e não consigo encontrar uma razão verosímil! 

A nossa vida é demasiado importante e curta para perdermos tempo com literalmente coisa nenhuma!

Se concordam comigo, juntem-se ao movimento pela tolerância zero à falta de pontualidade: http://pontualidade.blogs.sapo.pt/

Se ao leitor lhe acontece com frequência chegar atrasado aos seus compromissos (mais do que uma vez por mês), o meu conselho é simples: «Quem não pode chegar a horas, deve chegar antes.».

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