quarta-feira, 27 de março de 2013

O Fim da UE


O que se passou com Chipre nas últimas semanas é um verdadeiro ultraje para o projeto da UE, para a confiança no sistema bancário europeu e para a moeda única europeia. Os líderes europeus ensandeceram!

Não podemos vir com "chavões" chamar nazis aos alemães. Não devemos ter para com eles os preconceitos que eles têm para com os povos do sul, classificando-nos a todos como preguiçosos, desorganizados e despesistas. Há gente boa e má em todo o lado! Os alemães não são maus, são como são, têm virtudes e defeitos tais como os demais povos
- simplesmente a Sra. Merkel trabalha no sentido de defender os interesses do seu país e não os da UE. Quem a pode criticar por isso? Afinal, a Sra. é a Chanceler Alemã e não a Presidente da UE. Quem nos dera que do nosso lado se fizesse o mesmo!

Não venho com demagogias fáceis defender o não pagamento da dívida, mas sim renegociar as condições do acordo de assistência económico-financeira, nomeadamente em razão dos desenvolvimentos externos a nível económico.

A UE está partida entre o norte e o sul. A Grécia, Portugal, Espanha e Itália têm muitas semelhanças e interesses comuns e a estratégia de desunião dos povos do sul tem dado os piores resultados. O medo "terrível" de nos parecermos ou sermos associados à Grécia não deve prevalecer perante a necessidade urgente de concertar posições. Mete medo olhar para as taxas de desemprego destes países, e constatar-se que as economias continuam a cair.

Não temos massa crítica para nos sublevarmos sozinhos, mas se o fizermos junto com gregos, espanhóis, italianos e, porque não, cipriotas, estamos a falar de 3 vezes o território alemão, de 1.5 vezes a população alemã e de uma economia total superior à da Alemanha. Se o fizermos juntos, que ninguém duvide que teremos massa crítica!

Sem esta iniciativa, não sei onde iremos parar, mas o presente estado das coisas não augura nada de bom.

O regresso da Guerra ao velho continente deixou de ser um cenário extremamente improvável e está a tornar-se numa possibilidade moderadamente plausível a médio prazo e parece que quase ninguém se apercebeu disso.

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